quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mobilidade: Pelourinho terá rampas para Facilitar o acesso


Obras são criticadas por alterar o aspecto das construções. Foto: Fernando Vivas | 
Ag. A TARDE Um dos cartões-postais de Salvador, 
o quadro da Fundação Casa  de Jorge Amado e Museu da Cidade, 
que descortina a visão do Largo do Pelourinho, 
está em obras para instalação de infraestrutura de  acessibilidade. 
As escavações e colocação de tijolos de cimento para construção de rampas, 
com a retirada da velha calçada intrigam baianos 
e turistas que desconhecem o que acontece no local.
A intervenção integra projeto elaborado pela
 Fundação Mário Leal Ferreira foi iniciativada 
Superintendência dos Direitos das Pessoas com
 Deficiência da Secretaria de  Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJDCDH).
As obras têm divido opiniões: há quem as considere 
apropriadas para idosos e pessoas com dificuldade de locomoção.
 Outros criticam a  alteração arquitetônica do patrimônio histórico.
A diretora de Acessibilidade e Políticas Públicas da SJDCDH, 
arquiteta Marília Cavalcante, diz que o equipamento
 atende às legislações em vigor  e foi concebido para manter a harmonia da área.
Intervenção – Para o analista técnico do Crea-BA, 
o engenheiro e arquiteto Giesi Nascimento,
o projeto foi bem elaborado e discutido com as entidades do setor, 
além de resgatar uma dívida com as pessoas
 portadoras de dificuldade de locomoção.
Para o marchand Dimitri Ganzelevitch, morador do Centro Histórico,
 “a tendência de ser  politicamente correto nem sempre 
respeita a opinião geral”. Ele diz que, ao invés de modificar a visão
 frontal das antigas edificações, as rampas poderiam ficar nas laterais 
ou serem feitas de madeira e removíveis. Alertou ainda para a necessidade 
de fiscalizar as novas calçadas para que não sejam ocupadas por ambulantes.
Usadas como  arquibancadas para admirar o valioso conjunto arquitetônico,
 as escadarias da Fundação Casa de Jorge Amado adquirem aos poucos um novo aspecto.
 “O que é que estão fazendo ai, é uma pista de skate?”,
 brinca o vendedor de coco, Luiz Amâncio que diz passar  todos os dias pelo local.
“Estava acostumado com  aquelas escadas que davam
 um refresco depois dessa subida desde lá do Taboão. 
 A gente ainda vai poder sentar?”, pergunta o estudante José Messias.
Segundo o diretor de Habitação da Conder, Ubiratan Cardoso,
 órgão que executa as obras que integram a 
sétima etapa do Programa de Requalificação do Centro Histórico, 
o circuito, de 1,3 km de comprimento, tem início no Cruzeiro de São Francisco
. O alargamento das calçadas ao longo da Rua Gregório de Matos
 contorna o alto do Largo do Pelourinho, seguindo pela Rua Alfredo de Brito 
e terminando no Terreiro de Jesus.
As pedras do tipo “cabeça-de-nego” retiradas do calçamento foram 
armazenadas no depósito da Conder no Centro Histórico para reparos
 em outras vias locais, explicou Ubiratan Cardoso.
http://atarde.uol.com.br/

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