Aprofundar as discussões sobre a inclusão profissional da pessoa com deficiência e suas implicações atuais relacionadas ao contexto social, legal e ético. Com essa proposta, foi realizado nesta sexta-feira (9) o V Seminário de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho, no Centro de Eventos de Itajaí. De iniciativa do Centro de Apoio Profissional, Acompanhamento e Inclusão no Mercado de Trabalho (Capacit), o evento contou com a parceria da Assembleia Legislativa, por meio da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, e da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Representando o presidente da comissão, o deputado José Nei Ascari (PSD), Janice Steidel Krasniak, coordenadora do colegiado, salientou que o Parlamento catarinense, após receber várias reivindicações referentes ao tema, criou, a partir da Resolução n° 6.7/2003, o Programa Alesc Inclusiva, que tem como propósito a contratação de pessoas com deficiência para estágios no Legislativo.
“A principio, o contrato será de um ano, renovável por mais um ano, se houver interesse de ambas as partes. Essa é uma conquista em parceria com o Coned e a Fundação Catarinense de Educação Especial. Queremos tornar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina referência no modelo de inclusão da pessoa com deficiência”, revelou.
Presente no seminário, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Volnei Morastoni (PT), destacou a importância do Legislativo estar integrado às entidades da região do Alto Vale de Itajaí que atuam nessa causa. “Cada vez mais aproximamos esse debate, que está no contexto dos direitos humanos e do direito da pessoa com deficiência, especialmente o direito de acesso ao trabalho. Apesar do preconceito, iniciativas como essa vêm mostrando à sociedade em geral a importância da inclusão e, assim, vamos vencendo barreiras”, destacou.
Trabalho de conscientização
Ao fazer uma breve explanação do programa Capacit, a psicóloga Bianca Menezes falou sobre a importância do evento, ressaltando que a cada ano é realizado o seminário com o proposito de aprofundar a questão da inclusão, avaliando o trabalho das empresas na contratação e capacitação da pessoa com deficiência no ambiente de trabalho. Só em Itajaí, conforme Bianca, 250 pessoas nessas condições estão empregadas.
Ao fazer uma breve explanação do programa Capacit, a psicóloga Bianca Menezes falou sobre a importância do evento, ressaltando que a cada ano é realizado o seminário com o proposito de aprofundar a questão da inclusão, avaliando o trabalho das empresas na contratação e capacitação da pessoa com deficiência no ambiente de trabalho. Só em Itajaí, conforme Bianca, 250 pessoas nessas condições estão empregadas.
Segundo ela, o programa, que existe há 14 anos, apoia a sociedade e as empresas que oferecem oportunidades de trabalho. “Ao longo desses anos, promovendo a sensibilização, por meio de palestras, obtivemos grandes resultados. A partir da informação, que abre a oportunidade para essas pessoas, as empresas estão contratando mais os deficientes, não apenas para cumprirem a cota determinada por lei, mas por acreditarem mais no potencial delas”, avalia.
Cidadania
Na palestra “Emprego Apoiado: Quem precisa dele?”, o psicólogo Alexandre Betti revelou que as pessoas com deficiência, ao serem inseridas no mercado de trabalho, “passam a ter a percepção delas mesmas, mudando sua forma de viver. Elas passam a se sentir mais imponderadas, sentindo-se cidadãs, deixando de ser apenas aquele ser excluído do mundo”.
Na palestra “Emprego Apoiado: Quem precisa dele?”, o psicólogo Alexandre Betti revelou que as pessoas com deficiência, ao serem inseridas no mercado de trabalho, “passam a ter a percepção delas mesmas, mudando sua forma de viver. Elas passam a se sentir mais imponderadas, sentindo-se cidadãs, deixando de ser apenas aquele ser excluído do mundo”.
Para ele, é visível a satisfação das pessoas ao se sentirem produtivas e especialmente incluídas na sociedade, é muito maior do que a satisfação obtida com o recebimento do salário. “O convívio com outras pessoas faz a pessoa com deficiência se olhar no espelho e perceber que é igual aos outros, independente da sua limitação. O trabalho para um deficiente representa autoestima e principalmente qualidade de vida”, pontua.
O seminário em Itajaí teve ainda com a mesa redonda “Utopia ou Realidade”. Entre as atrações culturais, houve a apresentação do Grupo de Teatro Capacit. Todas as atividades tiveram tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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