terça-feira, 23 de julho de 2013

Profissionais vivenciam dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência !


Profissionais da Engenharia de todo o Paraná que estão em Curitiba participando de um treinamento em acessibilidade, promovido pelo CREA-PR no Senge-PR, vivenciaram as dificuldades de locomoção enfrentadas diariamente por pessoas com deficiência. Este era um dos objetivos do treinamento, que também pretende compartilhar e multiplicar a experiência visando à ampliação da acessibilidade desta parcela da população.
Os 40 profissionais utilizaram cadeiras de rodas, vendas nos olhos e bengalas para entender na prática as circunstâncias decorrentes da falta de acesso e de adaptação nas ruas, calçadas e prédios da cidade. A engenheira civil Célia Rosa, de Foz do Iguaçu, afirmou que a experiência comprovou a dificuldade de locomoção de pessoas com deficiência. “Na cadeira de roda constatei que as rampas adaptadas nas calçadas possuem uma inclinação que exige um grande esforço para subir. De venda e bengala senti uma insegurança total ao subir uma escada”, disse.
Além das dificuldades de acesso e locomoção, os engenheiros enfrentaram a falta de educação, o mau humor e a impaciência das pessoas que circulavam pelos espaços onde foi feita a vivência. Isso comprova a necessidade de um trabalho de conscientização direcionado à população de um modo geral.
O engenheiro civil Antonio Borges dos Reis, coordenador do Fórum Paranaense de Acessibilidade do CREA-PR, destacou o desconhecimento à legislação como um entrave nas questões de acessibilidade. “Por isso é importante a iniciativa do CREA-PR em formar multiplicadores para atuar junto a gestores públicos e profissionais, para melhorar a qualidade de vida e de acesso das pessoas com deficiência”.
Para o engenheiro civil Nivaldo Barbosa de Lima, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Maringá (AEAM), a proposta do encontro é fundamental para a sensibilização dos profissionais e da sociedade em geral sobre a importância de incluir em obras e serviços os dispositivos de acessibilidade. “Hoje vivenciamos as situações pelas quais passam os cadeirantes e os cegos. A chuva agravou ainda mais o acesso. Ficou evidente a falta de acessibilidade nas calçadas, ruas e edifícios e que ainda há muito a se fazer. Daí a importância de encontros como este”.
A vivência foi coordenada pela equipe da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que orientou os profissionais na travessia de ruas, descida de rampas e em escadas. 
Por Ana Maria Ferrarini (Regional Curitiba)

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